sexta-feira, 16 de outubro de 2015

PEDIDO-AMEAÇA ACOMPANHADO DE MALDIÇÃOZINHA

Ajude este blog a crescer. Se você conhece alguém que tenciona abrir-quebrar-abrir-quebrar seu próprio negócio, ou se interessa pela área de empreendedorismo, microempresas e inovação tecnológica, indique-lhe este blog! Se você possui ou conhece outro blog sobre assuntos correlatos, vamos trocar links. Ajude a propagar nossa mensagem: o concurso-público não é o enterro que seu diploma merece! Caso contrário... Bom, se você não fizer o que eu mando, você padecerá dos seguinte sintomas: náuseas anais, cãibras nasais, petismo, diverticulite diversionista, verborragia esquerdopata e sinceridade involuntária. Vade retro!

Até-mais-ver!

¿QUEM É JOHN GALT?

CAPÍTULO 3- EMPRESA-BONSAI: EMPREENDEDORISMO E AUTOSSABOTAGEM

Uma breve reflexão sobre pés, mãos e outros alvos.


¿Quem não conhece aquela oficina ou lojinha que entra ano / sai ano continua do mesmo tamanho e não deslancha nem com intercessão demoníaca? Da minha infância, lembro-me do Bazar Santos — um bazar feio que havia no meu bairro. Era mal-iluminado, empoeirado e congestionado; vendia de linhas-de-costura até material escolar. Detalhe bizarro: ele vendia folhas de sulfite avulsas! Nunca cresceu, nunca inovou; era um apêndice do estômago do pròprietário... e morreu com ele. Todos-nós conhecemos empreendimentos que têm a curiosa fisiologia dos bonsais — aquelas árvores em miniatura japonesas: teimam em não crescer. Por isto, mesmo vencendo os dois primeiros anos duma empresa (período particularmente dramático), alguns negócios estagnam. ¿Por que será?

Explico. Todo empreendedor começa como um factótum da própria empresa: varre o chão, atende a ligações, pesquisa preços, relaciona-se com os clientes, anuncia seus produtos, calcula impostos, paga as contas, faz propaganda, etc. Esta é, sem sombra de dúvidas, a etapa mais desgastante e desgraçada do negócio: sua infância febril. O início não é fácil justamente porque você erra muito e faz tudo. Não há glamour nem beleza aqui; há sim gemidos & ranger-de-dentes. Parece até que você tem o pior emprego do mundo, porque seu chefe (você!) está ficando doido. Eis o que eu chamo de Etapa Fígaro: você raspa barbas, arruma perucas, realiza sangrias, apara bigodes e corta cabelos — e tudo naquela velocidade rossiniana.

Muita gente boa que abre o próprio negócio desiste nessa etapa. Portanto, quanto mais rápido você sair dela (direi como), melhor será para sua saúde física & mental. E quem não desiste nessa etapa, entra numa espiral de autossabotagem subconsciente: sem notar, vai podando seu negócio-bonsai, impedindo-o de crescer para além das capacidades individuais do empresário. (Vejam o Bazar Santos). O motivo é simples: se com o negócio pequeno você já estava ficando maluco, pois fazia tudo, se ele crescer ainda-mais, engoli-lo-á! (Caro leitor, este blog preserva as mesóclises). Parece um contrassenso, um despropósito, mas isto existe: empresas que não crescem porque seus donos não deixam. As alternativas, claro, são o pulo do bote (vender a empresa) ou o naufrágio heróico (a falência). Agora vou explicar por que isso ocorre. 

Lembrem-se vocês que, nas mensagens anteriores, eu vim com um lero-lero falando sobre propósito: empreendedorismo não é para ganhar dinheiro. Quer dizer, é sim — mas isto é uma conseqüência de se fazer aquilo que se ama. Empreendedorismo é viver de-propósito seu propósito na vida. (Bela frase!) Eis a garantia do sucesso. Porém, isso também pode ser uma cilada, Bino! O mesmo propósito que o entusiasma e contagia as pessoas ao seu redor; o mesmo propósito que o transforma num outdoor ambulante; o mesmo propósito que o faz ver seu negócio como uma extensão da existência e um prolongamento da personalidade, pode impedir que você delegue funções, terceirize processos, rotinize decisões e se desencarregue daqueles trabalhos operacionais chatos que o fazem enlouquecer no dia-a-dia.

Seu propósito pode fazer com que você sofra de ciúmes de autoria — um traço de personalidade que eu observei em quase todos os empreendedores universitários que entrevistei durante o doutorado. Em doses saudáveis, os ciúmes de autoria tornam-no um defensor satisfeito das próprias idéias; alguém feliz com o que faz. Mas em altas doses, o empreendedor acometido desse mal transforma-se num jihadista, num aiatolá, num pregador possessivo (ou possuído), incapaz de receber críticas, admitir mudanças e adaptações em suas idéias. E — principalmente! — incapaz de delegar tarefas. E, como um bom fanático, ele preferirá explodir sua empresa (ou mantê-la sufocada debaixo do sovaco) a ter de vê-la com outro-alguém.

Digamos que os ciúmes de autoria são o lado sombrio do propósito. Eles impedirão que você transfira parte das responsabilidades do empreendimento para terceiros e, com isto, farão com que você continue assumindo rotinas cansativas e redundantes que o forçarão, inconscientemente, a sabotar o crescimento da sua empresa. Dicas: 1) controle seus ciúmes de autoria, 2) limite o escopo do seu negócio, 3) padronize seus processos, 4) rotinize suas decisões e 5) terceirize o que não puder fazer bem. Com isto, você estará pronto para delegar as atividades operacionais para funcionários, e ficar apenas com as tarefas estratégicas que são intransferíveis do empreendedor. Isto o trará segurança para permitir sua empresa crescer.

Até-mais-ver!

¿QUEM É JOHN GALT?

Empresa bonsai com crescimento constrangido devido a ciúmes de autoria.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

FÓRUM LIVRE E SUGESTIONÁVEL 1


Nossos consultores mirabolantes & advogados maquiavélicos desejam ouvi-los para melhor atendê-los. Por isto, estou abrindo este fórum para que vocês, trezentos visitantes, escrevam nos comentários algumas sugestões de assunto, alterações de layout de página, reclamações histéricas, ameaças veladas, dicas, planos de fuga, receitas da mamãe e correios-elegantes. Acreditem: suas opiniões me interessam. Quem não participar, terá dificuldades eréteis por um ano! Vamos! Enforquem-se na corda do anònimato.

Até-mais-ver!

¿QUEM É JOHN GALT?

POSTAGEM-RELÂMPAGO 2



1- A escolha do nome da sua empresa ou produto pode selar o sucesso ou fracasso do seu negócio. Portanto, o cuidado, a paciência, o estudo e o critério envolvidos nessa escolha serão bem recompensados.

2- Antes de mais nada, o nome da sua empresa ou produto precisa informar a essência do seu negócio — aquilo que você realmente deseja oferecer ao público em forma de valores, conceitos, idéia e estilo.

3- Uma empresa de alarmes não vende alarmes; vende segurança. Uma companhia de seguros não vende seguros; vende tranqüilidade. Portanto, seu nome de empresa ou produto precisa passar essas idéias.

4- Além disso, seu nome de empresa ou produto precisa ser compatível com o target (o público visado) e o prospect (o possível segmento de mercado) em que você deseja atuar. Saiba tudo sobre eles. Tudo!

5- Pergunte-se: ¿o que seus possíveis clientes comem, vestem, assistem, usam, gostam, admiram, detestam, almejam? ¿Onde eles moram, passam as férias, estudam, freqüentam, cortam o cabelo, compram?

6- Cuidado com nomes engraçados ou descolados: eles podem ser mal-recebidos ou mal-entendidos por seu público. Perto donde eu trabalhava, na Avenida Chibarás, havia um bar chamado "Pé no saco". Faliu!

7- Os bons nomes são curtos, densos, fáceis de decorar, de escrever e de pronunciar em todas as línguas do universo e mais-além! Um bom nome deve se pautar por esse princípio: densidade de significados.

8- O nome da sua empresa poderá ser significativo e emocional para você. Talvez ele remeta à sua origem e história. Mas ¿você terá saco de contar essa história para todos os que perguntarem sobre esse nome?

9- Nomes de empresas ou produtos em outra língua devem levar em conta 1) o real alcance internacional do seu negócio, 2) dificuldades de compreensão pelo público nacional e 3) o real ganho em forma de status.


10- Seu nome precisa ser estético, sonoro, marcante, musical, bonito de falar e de grafar. E o principal: seu nome precisa ser exclusivo. Faça uma varredura nos sites de busca e no portal do INPI (link no final do blog).


11- Outra coisa ótima que você encontra no site do INPI é a Revista de Propriedade Industrial. É uma espécie de Diário Oficial das marcas & patentes. Folheá-la pode inspirá-lo em seu nome e marca (link no final do blog).

12- Muito cuidado com nomes genéricos: Exemplo: se sua consultoria chama-se Prospecto, parabéns! Mas faça uma busca no Google: há 1.620.000 ocorrências com esse nome. ¿Como eu acharia você nessa multidão?

13- Nomes genéricos, como o citado acima, demandarão posteriormente um investimento pesado em máquinas virtuais de ranqueamento de sites de busca, ou na compra de domínios de outras pessoas.

14- Não há nada mais cafona & brega que trocar algumas letras do seu nome genérico de empresa para que ele soe exclusivo. Exemplo: eu jamais levaria meu computador para ser consertado numa oficina de Informátyca.

15- Nas próximas postagens-relâmpago, falarei sobre cores, logos, marcas, fontes e símbolos. Eles não devem ser pensados em separado ao nome da empresa. Eles fazem parte da imagem total que você deseja passar.

Até-mais-ver!

CAPÍTULO 2- ENCONTRE SEU PROPÓSITO NA VIDA IMAGINANDO-SE MORTO

¿Que altas fofocas rolarão a seu respeito durante seu enterro?


Olá, crianças! Muitas pessoas têm a intenção de abrir o próprio negócio, mas empacam nos fundamentos dele. Dentre esses princípios para empreender, o mais básico diz respeito a encontrar o conceito inovador, a idéia gènial, o negócio dos sonhos, o mercado promissor, etc. Em poucas palavras, as dúvidas mais comuns são: ¿Que devo fazer? ¿Que tipo de produto ou serviço devo oferecer? ¿Com quem devo contar?

O objetivo desde blog, diferente dos demais, que são feitos para empreendedores que já estão com o bonde andando, é acompanhar o empreendedor ingressante desde o início — começando pelo  seu autoconhecimento, pela prospecção das suas preferências e necessidades, deficiências e habilidades. A postagem anterior, esta e as próximas serão dedicadas a orientá-lo para esta pergunta: ¿que negócio abrir?

Antes de mais nada, para que você não caia em ilusões tolas como ficar rico antes dos trinta criando um aplicativo fantástico ou uma nova rede social, o titio aqui vai situá-lo no universo das startups e, para tal, vai esmagar algumas doces ilusões que você decerto já acalentou. ¿Vai doer? Sim! Mas prometo que vou curá-lo da "síndrome dos olhos brilhantes" — uma doença que freqüentemente ataca os empreendedores.

Vamos então começar com uma coisa bem simples. Você precisa saber definir e diferir o que você gosta de fazer, o que você faz bem, o que o mundo precisa e o que pagará suas contas. Aquele negócio lucrativo que você quer criar está nalgum ponto de intersecção entre esses quadrantes. Preste muita atenção nos tópicos a seguir e tente reconhecer que atividades do seu dia-a-dia enquadrar-se-iam em cada caso.

1 - O hobbie. Se você é bom fazendo algo e, ao mesmo-tempo, adora fazer essa coisa, esse é seu hobbie, seu passa-tempo. Se o mundo não precisar dele e se ele não lhe trouxer dinheiro, sinto muito: seu propósito de negócio não estará aí. Esse passa-tempo será um ótimo anestésico e relaxante para aqueles dias de estresse, ou para aqueles momentos em que você se presentear com uma pausa.

2- A profissão. Agora, se você faz bem algo e ainda ganha dinheiro com isso, parabéns: essa é sua profissão. O termo 'profissão' denota algo mais efêmero que 'trabalho'. Trabalho sempre existirá: ainda que tudo seja feito por robôs, alguém precisará trabalhar fazendo os robôs, certo? Profissões, contudo, vivem sumindo sem deixar vestígios ou saudades, quando não são mais lucrativas. 

3- O trabalho. Se você ganha dinheiro com algo que o mundo precisa, bom... enquanto o mundo não conseguir isso de-graça, esse será seu trabalho. Nem-sempre você fará isso encaixado dum emprego formal, com expediente e hierarquia. É provável que você nem queira fazer disso sua carreira, porque o ruim do trabalho é que, não gostando nem sendo bom nele, você o verá como uma tortura. 

4- A missão. Por outro lado, se você ama fazer algo que o mundo também precisa, mesmo que ninguém lhe remunere por isso e mesmo que você não reúna as qualificações necessárias; e se você ainda sentir que o melhor pagamento pela sua dedicação é a satisfação pelo dever cumprido, então, essa é a sua missão. Enquadram-se aí todos os trabalhos voluntários, caritativos e assistènciais. 

5- O propósito. Por fim, quando você tem a sorte de reunir no mesmo quadrante uma atividade que gosta de fazer, na qual você é bom, que lhe dá dinheiro e que o mundo precisa... bom, eu chamo isso de bênção; mas também será seu propósito. Nesse quadrante encontram-se os empreendedores mais bem-sucedidos, as pessoas mais ànimadas, os negócios mais rentáveis... e as vidas mais plenas. 

¿Vocês se lembram do exercício macabro que eu lhes propus na última mensagem? Pois bem: agora liguem as pontas: os negócios de sucesso encontram-se no quadrante do propósito; você só conhece seu propósito quando descobre quem você é; e uma das formas de se saber disso é pensando em sua vida como um enredo já fechado, uma história concluída, enfim, como se você já estivesse morto.

Isso não é auto-ajuda, crianças! Vocês verão, nas próximas mensagens, onde eu quero chegar com esse trololó esotérico. Por ora, peço-lhes o seguinte: muitas pessoas vivem por acaso e apenas existem. Os empreendedores não; eles vivem de propósito — no duplo sentido do termo. As coisas que dirão sobre eles em seus velórios foram as coisas que eles realmente buscaram fazer a vida toda. 

Até-mais-ver!

A PROPÓSITO, ¿JOHN GALT ESTÁ VIVO?

Diagrama vocacional com o quadrante do propósito.


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

CAPÍTULO 1- ¿COMO VOCÊ DESEJARIA SER LEMBRADO EM SEU FUNERAL?

Imagine o que as pessoas dirão diante do seu patético cadáver.



Proponho-lhe, leitor, um exercício fúnebre & macabro. Imagine o seguinte: você morreu. Viva! Seus parentes, amigos, colegas-de-trabalho, amantes, vizinhos, as crianças bastardas que você pôs no mundo, as pessoas a quem você devia dinheiro — estão todos reunidos ao redor do seu caixão cafona. Eles dizem coisas. ¿O que eles falam entre si? Eis algo interessante de se imaginar. ¿Quem nunca pensou em ser um fantasma muito-doido e bisbilhotar o luto falso daqueles que você acreditava que o admiravam? Eu sim. A questão que eu coloco aqui é: ¿o que você deseja que as pessoas digam sobre você em seu funeral?

Calma: isto aqui ainda é um blog sobre empreendedorismo universitário e gestão da inovação. Estou lhe propondo este exercício porque a resposta à pergunta — ¿como você desejaria ser lembrado após a morte? —  revelará qual é seu verdadeiro propósito de carreira e de negócio. Vejam: estou partindo duma questão existèncial, ontológica e derivando dela algo bem terra-terra: carreira e negócios. ¿Quem é você? ¿O que você faria com pleno prazer até o fim dos seus dias? ¿Do que você é capaz? ¿Aonde você quer chegar? ¿O que o faz esquecer o sono, a fome, o medo, o desconforto e o desespero? ¿Contra quem ou contra o quê você luta?

Eu sei que uma multidão de charlatães de auto-ajuda deturparam bastante a importância dessas questões. Mas creia: os empreendedores bem-sucedidos fazem aquilo que amam. O dinheiro que eles ganham é a conseqüência inescapável do entusiasmo com o qual contagiam seus parceiros, com o qual convencem seus clientes e sócios, com o qual propagam seus produtos e — principalmente — com o qual se consolam nos dias difíceis do saldo negativo. Você e eu fomos criados numa cultura de maquiavelismo profissional, que nos ensinou a suportar com cinismo rotinas idiotas e patrões cretinos — desde que isto pagasse nossas contas de cartão-de-crédito. Que triste!

"Trabalhe no que lhe der dinheiro!" — disseram-nos. Beleza! Contudo, não-raro, eu vejo alunos massacrados pelo arrependimento, arrastando cursos que detestam e profissões que desprezam, sacrificando seus talentos e vocações no altar da conformidade profissional resumida naquele conselho ali, com a esperança de servirem (talvez) de figurantes à cenografia dos sonhos alheios. Eu não sou uma pessoa religiosa. Por isto, tenho uma visão bem peculiar do Juízo Final. Acredito que nele, confrontado pelo tribunal do seu próprio destino, o juiz vai lhe perguntar assim: "¿onde foi que você sepultou seus propósitos, seu bosta?"

Resumindo: empreendedorismo não é promessa de enriquecimento. Se você quiser dinheiro fácil e rápido, há partidos políticos e/ou organizações criminosas que poderão resolver seu problema com o dinheiro. Na melhor das hipóteses, especule na bolsa ou vire usurário. Empreendedorismo não tem a-ver com isto; tem a-ver com realização do propósito, dilatação do potencial, assunção de alguns riscos, execução do talento e da vocação. A motivação do empreendedor — acreditem! — é mais psicológica que econômica. Tem mais a-ver com o Ego que com o Real. Nas próximas postagens, darei algumas dicas para você localizar onde mora seu propósito.


Até-mais-ver!

ALIÁS, ¿QUEM É JOHN GALT?

POSTAGEM-RELÂMPAGO 1


1- Não faça o que dá dinheiro; faça o que você gosta, pombas! Sua satisfação e entusiasmo pelo que gosta contagiarão as pessoas, trarão dinheiro e servirão de anestésico para os dias difíceis do negócio.

2- Meça essa sua ganância, parça! Você não vai ficar multibilionário repentinamente empreendendo. Não espere que eu lhe indique atalhos rápidos. E quem lhe disser que conhece esses atalhos, mande à merda.

3- Empreendedorismo nem sempre envolve tecnologia sofisticada; envolve fazer diferente o que os outros fazem igual. É perfeitamente possível vender areia no deserto — desde que ela não seja seca.

4- Detecte quem são seus concorrentes e espione as queixas que os clientes deles fazem nos sites de reclamação e redes sociais. Os clientes insatisfeitos dos seus concorrentes serão seus melhores aliados.

5- Esqueça esse trololó de capital-de-risco, IPO e investidor-anjo. Isso não existe! No Brasil, ou você dispõe de recursos próprios, suadamente economizados, ou busca captar dinheiro das agências de fomento.

6- Cuidado ao apostar todas as suas fichas em inovações para cèlulares: os aplicativos têm um ciclo-de-vida muito curto (tornam-se obsoletos depressa) e quase-sempre atendem a nichos pequenos de mercado.

7- Observe atentamente seu cotidiano. Esteja com o radar sempre ligado. ¿O que o incomoda e o desconforta? Pense numa solução para isso. As inovações existem porque existem pessoas com problemas.

8- Outro manancial de inovações é aquilo que eu chamo de polinização cruzada: ¿que ferramentas e conhecimentos duma área ajudariam a resolver os problemas duma outra área, totalmente diferente?

9- Parece clichê, mas pense fora da caixa! Associe idéias malucas; converse com pessoas de outras áreas e com formações diferentes da sua; viaje; participe de brainstorms; quebre rotinas; seja excêntrico!

10- Desde o início, seu negócio precisa ser planejado para ter escalabilidade. Explico: pergunte-se como seria possível replicar mil vezes cópias idênticas da sua empresa, mas sem perder as características centrais.

11- Tenha certeza de que 90% das idéias que você tiver serão idiotas. Dos 10% restantes, 90% serão idéias inviáveis — seja tecnològicamente, seja financeiramente. Os 10% restantes talvez paguem suas contas.

12- A marca da sua futura empresa começa com a marca da pessoa que você é. Portanto, crie uma reputação, mas não viva um personagem: você quer espaço no mercado; não uma vaga no manicômio.

Até-mais-ver!

terça-feira, 13 de outubro de 2015

SAUDAÇÕES, Ó MISERÁVEIS TERRÍCOLAS DE PINDORAMA!

Nasce mais um blog, dentre as centenas de milhões que bóiam à-deriva na internet. ¿De que assunto ele tratará? Vocês saberão adiante. O blog nasce no mesmo dia do seu autor: faremos aniversário juntos. Saravá! O título "Start-Aspas" é um trocadilho infame com a expressão "start-ups": empresas iniciantes, geralmente com base tecnológica. Ah, ¿vocês nunca ouviram falar delas? Pois é bem provável que o aparelho e o aplicativo com os quais vocês me lêem agora tenham sido criados por nerds patéticos em empresas start-ups. [Ok: eles são menos patéticos que nós, tentando configurar as invenções deles].


¿Mas em que aspectos este blog difere dos demais que versam sobre o mesmo assunto — incluindo aqueles dos autoproclamados gurus do empreendedorismo? Ele difere em três coisas: 1) eu faço com vocês, agora, a mesma promessa que Maquiavel fez no Capítulo XV d'O Príncipe: tratarei dos empreendedores e do empreendedorismo tal como eles realmente são, e não como poderiam ou deveriam ser; 2) eu trarei dicas práticas (algumas, grosseiramente sinceras) sobre como funcionam as coisas por essas bandas; e 3) colocarei neste espaço um pouco do que penso mesmo, ensino mesmo e pesquiso mesmo sobre o assunto.


Meditei bastante se deveria ou não criar aqui um espaço "limpinho" e "cheiroso", sem os meus conhecidos arroubos de sinceridade ou comentários ideológicos. Ok. Ficaria bonito assim — e decerto soaria "limpinho" e "cheiroso". É... Atrairia patrocinadores também. ¿Que tal uma verbinha das estatais? Hum... ¿Mas querem saber duma coisa? Este não seria eu! Portanto, juro manter fora daqui sòmente os palavrões; mas todo o resto permanecerá da mesma forma como vocês conhecem — incluindo minhas bizarrices ortográficas.


Sejamos sinceros: o blog é provisório e feiosinho. Estou preparando um site de verdade, com conteúdos e recursos mais dinâmicos. Cooperadores e patrocinadores serão bem-vindos. Enquanto isso, definirei uma disciplina de atualizações para este blog, porque ninguém gosta de pocilgas sem expediente definido. Mudarei o layout da página; colocarei alguma foto minha com cara de homenzinho empreendedor, etc. Enfim, este é um espaço para o empreendedorismo universitário. E eu agradeceria muito se vocês avisassem àqueles seus amiguinhos concurseiros que o serviço-público não é um funeral digno a ser dado a um diploma superior.


Até-mais-ver!


ALIÁS, ¿QUEM É JOHN GALT?
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