Olá, filhos do carbono e do amoníaco, monstros de escuridão
e rutilância! (Augusto dos Anjos) ¿Vocês sabiam que eu tenho uma cachorra
chamada Pachorra? Bom... é mentira que eu tenho uma cachorra; mas é verdade que eu tenho uma baita pachorra. Pois saibam vocês que eu tive a pachorra de ler os quatro
volumes da série Atitude, do Justin
Herald. Sinceramente, eu teria gasto melhor meu tempo lendo a biografia de outro
Justin: o Bieber! Aviso: sarcasmo.
Uma das minhas missões nesse mundo virtual de meu-deus, caro leitor, é livrá-lo de ciladas. Eu sou o seu Pedro, Bino! E eu já disse aqui que essa crise — que certamente atravessará esta década e a próxima— fará com que muita gente caia no engodo do enriquecimento via empreendedorismo. Mas o titio aqui é um estraga-prazeres mesmo, pois vive dizendo que as coisas não são tão fáceis & rápidas quanto parecem, ou quanto alguns gurus fazem parecer.
Numa das minhas postagens-relâmpago, falei das quatro coisas
que me irritam em livrinhos supostamente dedicados à autoajuda para
empreendedores. Resumi esses aspectos assim: complexo de pseudo-midas (promessa de pròsperidade instantânea), síndrome do vamos-que-vamos (motivação
fundada em palavrório oco), transtorno da
dança nas nuvens (abstrações afastadas da realidade) e mal de Acácio (trivialidades presunçosas, óbvias e balofas).
Pois saibam que Justin Herald consegue o prodígio de reunir os
quatro vícios numa série de quatro livros chamada Atitude. Diga-se, aliás, que todos os livros falam sobre a mesma
coisa: quão incrível é o autor e seu negócio — uma empresa de camisetas com frases de motivação que fariam Gabriel Chalita parecer Friedrich Nietzsche. O simples desperdício
de tanto papel com tão pouco conteúdo já denota — ¿como posso ser sutil? — certa falta
do que fazer.
"Graças aos interessantes & relevantes livros de Justin Herald, eu tomei uma bela atitude na vida: furei meus olhos — todos os três! — para jamais ter de ler coisas assim."
Professor Felizardo Síncope.
"Eu descobri que o analfabetismo tem lá suas vantagens: você não é obrigado a votar nem a ler livrinhos de autoajuda. Pena que só descobri isso depois do doutorado."
Doutor Galindo Pinto.
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