Olá, crianças marmanjas! Papai estava com saudade! Uma ova! No desafiozinho desta semanazinha, eu proponho que vocês analisem as opções estratégicas de concorrentes hipotéticos. Considerem então três empresas: A, B e C. (Vejam a imagem). Suas estratégias são classificáveis em três quadrantes: nicho (foco num grupo específico de clientes e, portanto, num mercado pequeno mas exclusivo); preço (oferta de preços baixos graças a ganhos de escala e redução de custos) e qualidade (investimento em inovação tecnológica e melhoria contínua).
Cada empresa resolveu colonizar um ou mais quadrantes. Reparem: para cada fator, quanto mais próximo a empresa estiver do sinal de mais (+), maior será a ênfase que ela dará a esse fator em sua estratégia. Portanto, a área formada pelo triângulo não tem nada-a-ver com o tamanho do mercado que ela ocupa. Entenda também que essas opções estratégicas não são totalmente compatíveis. Exemplo: uma empresa que decidiu competir oferecendo preços baixos com ganhos de escala, certamente não irá se concentrar num nicho de mercado, e vice-versa.
¿Entenderam a bagaça? Então eu lhes faço as seguintes perguntas: 1) ¿Quais são os clientes típicos das empresas A e B? 2) ¿Que tipo de empresa é a empresa C? 3) Tendo-em-vista a atual pindaíba econômica, ¿qual das três estratégias é mais frágil? 4) ¿Que precauções essa empresa deveria tomar para evitar os riscos associados a sua estratégia, mas sem abandoná-la? Titio Fernando ficará muito orgulhoso se vocês resolverem ao menos parte desse desafiozinho, evitando que eu coloque cinqüenta desafios piores que este na prova final dos meus alunos.
Até-mais-ver!
Até-mais-ver!
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Três empresas e suas estratégias de nicho, preço e qualidade. |
1) Penso que o cliente típico de A é a população em geral de baixa e média renda. Com preferência na contenção de gastos em detrimento à relativa qualidade do produto (Casas Bahia; Torra-Torra; McDonalds; etc). Os clientes de B são os dispostos a pagar mais pela qualidade. São os profissionais especializados que utilizam o produto oferecido de forma técnica ou a elite com maior poder econômico em geral (Apple; Rolex; Ferrari; etc.).
ResponderExcluir2) Trata-se de um empresa que procura se equilibrar nas estratégias, talvez buscando atingir o consumidor maior: a classe média. Não oferece um serviço elitizado, mas também não carrega o eventual estigma da "popularização" pela frivolidade do produto. Ou ainda, no caso de empresas de grande porte, possui diversas linhas de produção para atingir diversos tipos de consumidor (Motorola; Samsung; Hering; diversas marcas de carro; etc).
3) Numa economia estável, a estratégia da empresa C parece mais frágil. Pois está mais sujeita a ascensão e decadência do poder de compra dos consumidores. Mas, tendo em vista o atual cenário econômico Brasil, a Empresa B é que perde espaço.
4) Criação de uma linha de produtos mais popular, sem abrir mão da produção do produto original; procurar alternativas de exportação do produto. (???)
Eita lelê! Novamente, a Dona Florinda ficaria orgulhosa, sr. Hector Bonilla. Mas cuidado: a Bruxa do 71 também. Resposta 1: impecável! Resposta 2: possível, adequada. Estou curioso para ouvir as manifestações de outros visitantes sobre qual seria a empresa C. Resposta 3: impecável. Mas há outras respostas possíveis, se você levar em consideração o crédito, o câmbio, a inflação e outros dados da crise. Resposta 4: bem criativa e compatível com a resposta que você deu na 3. Muito bom!
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